domingo, 31 de agosto de 2014

Ficar em casa

Eu e as crianças estamos, nas últimas semanas, sem sair muito de casa. Primeiro porque estamos morando em um lugar um pouco afastado, com ônibus de hora em hora (ou seja, perdeu um, só daqui a uma hora… ou caminhar 45 minutos para pegar o outro, ou seja, melhor esperar a próxima hora, mesmo…); segundo, porque, de certa forma, até que tenho me sentido bem em casa. Eu sinto falta, sim, de sair com as crianças, mas acho que é mais por elas do que por mim. Sinto que elas precisam brincar com outras crianças, como já devo ter dito aqui, mas se fosse pensar só em mim, acho que tudo bem eu ficar enfurnada em casa o dia todo… hahaha

domingo, 17 de agosto de 2014

E a convivência…

A Lia, querida, me mandou um e-mail pedindo que eu escrevesse um texto sobre as relações entre as crianças, quando há empurrões, brigas, uso da força (seja fisicamente, seja no grito), exclusão etc. Ela disse achar o mundo infantil bem "selvagem" e gostaria de saber como as minhas crianças são tratadas nessa selva… Pois bem… Eu não me sinto uma pessoa muito "letrada" nesse tema para escrever com propriedade, mas vou escrever um texto bem pessoal e espero dar conta da reflexão que ela me propõe.
Então… já ouvi muitas vezes essa expressão de que "crianças são más por natureza", são egoístas, são impulsivas e violentas. Ora eu concordo com ela, ora eu discordo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Coragem

Em geral, quando eu digo para as pessoas que eu e o Jorge vendemos o que tínhamos (nossas dívidas com o apê -- que bom que dá para vender dívida, né?) e viemos para cá e estamos ficando, ouço: "Nossa, que coragem!", "Queria ter essa coragem!", "Ah, se eu fosse corajosa como você...". E eu escrevi há certo tempo que o que eu sentia não era coragem, mas era medo do que eu já tinha vivido (no caso do parto). E hoje ainda acho que seja medo, não do que vivi (a escola não é um trauma, por exemplo, nem viver no Brasil, nem trabalhar em editora, nem nada...), mas medo de não ser feliz.
Sim, isso mesmo. Medo de achar que se eu não fizer algo diferente, que me alimente a alma, eu vou ser infeliz.

domingo, 3 de agosto de 2014

A escola perfeita

Eu sei, eu sei... Só estou brincando! Não, não existe escola perfeita, porque não existe nada perfeito nessa vida. Mas eu fico imaginando como seria a escola perfeita para mim...
Ela seria um prédio? Sim, também, mas com varandas grandes se ficasse num lugar quente e com uma área grande perto de uma lareira se ficasse num lugar frio. Ela também teria pomar, horta e jardim. Ela teria muito espaço externo e muito espaço interno também, mas os espaços internos não teriam portas intransponíveis, nem mesas nem cadeiras. Mesas ficariam nos laboratórios e na cozinha apenas. Teria uma biblioteca bem bacana, com um monte de almofadas no chão.