terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A confiança e a criação livre

Eu sou chata. Chata demais, na verdade. Outro dia escrevi que eu e o Jorge somos proativos, mas acho que a palavra que melhor me caracteriza é chata, mesmo! rs… Proativa é muito bonitinho… :)
Eu sou aquele tipo de pessoa que acredita que o meu jeito é o melhor, que não tem paciência de esperar alguém tentar fazer algo que eu sei que em um minuto vou resolver, que prefere fazer do que pedir para alguém fazer. Sei que melhorei muito desde que me assumi assim e descobri que não gosto muito de ser assim… :) Mas reconheço que ainda tenho que melhorar muuuuito…

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

No zoológico

Decididamente ficar em casa não colabora para o humor e saúde da família. Assim, desde a semana passada eu decidi sair com eles, nem que seja para o parquinho da esquina, mas ficar em casa, no more! :D
Hoje nós fomos dar uma voltinha no zoológico. Eu não sou muito chegada num zoológico, pois acho os animais meio, sei lá, tristinhos… Mas até que o passeio foi interessante. Primeiro porque é a 20 minutos a pé de casa, depois porque as crianças gostaram de ver tantos animais juntos (a Anna, principalmente, pois ela é louca por bichinhos…) e nós voltamos quebrados. O que é ó-ti-mo para uma noite tranquila! rs

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Aprendendo a sair de cena...

E continuando a temporada de tempo bom (dessa vez só por dentro, porque andou chovendo e fazendo friozinho por aqui…), ontem o Igor me surpreendeu! 
Ele estava em dúvida de onde era Dubai. Me perguntou várias vezes e eu não estava prestando muita atenção. Só sei que acabei não dizendo, ou disse "Não tenho certeza" ou algo do gênero. E aí, o que eu vejo? Ele com o Atlas nas mãos, procurando por Dubai. Fiquei muito orgulhosa! E cheguei à conclusão de que eu e o Jorge, por sermos muito proativos, acabamos atropelando os pequenos e não os permitimos procurar por si. Quando saímos de cena, eles vão lá, fazem e acontecem! :) Uma beleza!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Questão de tempo

Aqui houve uns dias de tempo ruim (por dentro e por fora, vocês sabem…). Três dias de chuva, vento e friozinho. No primeiro dia, ok. No segundo, beleza. No terceiro… precisei fazer alguma coisa, pois dá dó ver as crianças presas em casa… E criança precisa de espaço, diz minha amiga Bruna e eu assino embaixo.
Então cacei algum parquinho em área coberta para poder levá-los e… encontrei! Tem de pagar para entrar, mas valeu cada centavinho…
Depois de uma caminhada na chuva por 20 minutos, encontramos!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nem tudo dá sempre certo mais uma vez...

Continuando a temática do "nem tudo dá sempre certo", hoje fiquei realmente brava com o Igor. Falei duro, alto, desabafei dizendo que meu saco estava cheinho, desse tamanho assim ó, e quase arranquei risadas no meio da bronca. Fui me acalmando e consegui explicar para ele o que eu acredito como saudável: respeitar um ao outro, não impor sua vontade, não ficar "torturando" o outro etc. e tal. Vocês lembram que eu já comentei aqui que ele faz bulling com o Caio, né? Enfim, foi aquele gasto de energia…

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nem tudo dá certo sempre

Eu acho que nós não aprendemos a lidar com frustração. Por que será, né? Será que precisávamos não suportar a frustração para continuarmos como espécie? Porque não conheço uma pessoa que fique realmente tranquila quando o que planejara não deu certo.
E aqui em casa é assim também. Os meninos ficam muito chateados quando são frustrados, eu tenho de agir com autoridade e fico frustrada também, por não estar conseguindo agir de outra forma… E hoje mais uma frustração: eu iria conhecer o grupo de unschooller na praia, lembram? Mas ontem precisamos ir ao médico, pois a Anna machucou a perna na terça, ao escorregar do super-escorregador.
Voltando da Odisseia hospitalar. Ô, dó!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Sobre ser minoria

Ontem foi meu último dia de aula no curso de inglês. Fiz 2 semanas intensivas: das 9h às 15h15, mais uma horinha para fazer a lição de casa, checar palavras, tentar usar um vocábulo novo numa frase…
Eu, as crianças e dois colegas do curso: um francês e uma taiwanesa. Ao fundo, um coreano jogando frisbe. :) Aprender assim é o que há!

O que se aprende

Um amigo me questionou como o Igor aprenderia sem a sistematização das matérias, segregadas em português, matemática, ciências etc. Acho que já escrevi sobre isso aqui, sobre como considero esse tipo de compartimentação (sei lá se existe essa palavra…) artificial e pouco útil, mas não custa exemplificar.
Ontem levei ao correio uma carta do Igor para um amigo no Brasil. Nesta carta ele contava sobre termos conhecido as ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia e sobre a diferença de fuso, além de passar nosso novo endereço.

sábado, 2 de novembro de 2013

A casa, o Halloween e o Dia dos Mortos

Pegamos a chave da nossa casa pelos próximos meses!!
Nos mudamos quinta-feira, dia das bruxas. Os meninos estavam super empolgados para viverem a primeira experiência de Halloween em inglês (uma colega me disse que aqui as crianças saíam às ruas fantasiadas), mas choveu o dia todo… Chuva forte, com vento. Decepção total. Nosso Halloween acabou em pizza...
Pizza ruim, diga-se de passagem… Eu estava aí feliz, porque ainda não tinha experimentado.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Viagem e crianças

Atualmente nós estamos hospedados num hotel que parece mais um apartamentozinho: tem dois quartos, sala, cozinha e até máquina de lavar roupa e varal.
É pequetito, mas tem tudo o que precisamos.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Êh, vamos morar em Wellington… mas onde?

Pois é, um problema de cada vez, né? Já decidimos a cidade, agora é hora de decidir a casa. O problema maior foi caçar uma casinha relativamente barata, próxima do centro (estudaremos inglês praticamente no centro de Wellington), com a internet ler-da do hotel em que estávamos. Nossa, foi um tiro no escuro, pois ora carregavam as fotos, ora os dados do proprietário… Uma lástima.
Mas, enfim, selecionamos algumas para enviar mensagens de interesse.

E agora? Seguir para onde?

E voltamos para Queenstown! De acordo com a primeira programação, tínhamos de dormir mais uma noite por lá e, no dia seguinte cedinho, embarcar de volta para o Brasil.
Entretanto, desde que tínhamos vendido o apartamento, os planos mudaram: ficaríamos por três meses no país, mas não chegamos a decidir onde, pois não conhecíamos nada por aqui. Era chegada a hora de decidir para onde iríamos… Onde moraríamos pelos próximos meses.

Mais azul que o mar...

No fim de semana passado fomos visitar uma cidadezinha chamada Lake Tekapo, onde fica o… tcharamramram… Lago Tekapo! E ele é o lago mais lindo que já vi. Suas águas têm uma cor belíssima, uma mistura de azul claro, verde-água… Não sei nem descrever. Claro que as fotos não dão a exata experiência de estar lá, ao vivo e a cores, mas dêem uma olhada nisso:
Igor e as pedrinhas...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Diário do Igor

03/10/13 - Quinta-feira
Hoje nós fomos na casa da amiga da minha mãe, e nós pegamos o trem, é bem diferente do que do Brasil, e é muito legal.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Jump, jump!

Queenstown é conhecida como a cidade mundial dos esportes radicais. Sendo assim, eu e o Jorge tínhamos de experimentar um tanto de adrenalina. Pois bem! Vamos nos jogar de uma casinha no meio do nada a 134 metros de altura. Tá bom, né?
Tensa, eu? Imagina... Esse suor pingando da minha mão é ilusão sua!

Queenstown lá de cima

Acordamos e fui lavar roupa (lavo roupa todo dia… que alegria!). Enquanto isso os meninos ficaram se divertindo nas áreas comuns do backpack…

Para Queenstown aqui vamos nós

Acorda cedo, nem toma café, bota todo mundo e todas as malas no carro de novo e vamos correndo para o avião. Atrasamos 25 minutos porque tínhamos deixado a roupa suja para lavar, e dobrar e organizar roupa dessa galerinha leva tempo…
Tínhamos de chegar no aeroporto 9h15, mas antes tínhamos de abastecer o carro, deixá-lo na locadora e, de lá, pegar uma carona para o aeroporto. Pegamos um transitinho e acabamos chegando na locadora às 9 e pouco, debaixo de chuva. Pôe tudo na van e lá vamos nós…

Casa para alugar

Depois de tantos passeios, nem podemos dormir direito, pois tínhamos marcado de ver uma casa em Takapuna, às nove da manhã. Achamos muito engraçado quando chegamos lá e percebemos que a corretora havia marcado com outras duas pessoas, no mesmo horário. Eu e o Jorge ficamos fazendo suposições sobre como fazem quando duas pessoas gostam do mesmo imóvel. Eu acho que eles jogam palitinho. O Jorge acha que eles são jogados numa arena e, quem sair vivo, fica com o imóvel.

As larvas que brilham e Hobbiton

Acordamos, colocamos as malas no carro e partimos para Roselands de novo. Lá havia três estilos de café: um chamado continental, que é mais comuns nos hotéis e pousadas e são servidos cereais, leite (gelado!), café e/ou chá, torradas (ou pão e torradeira) e coisinhas para passar nas torradas, como manteiga, geleia, manteiga de amendoim. Um outro que eu esqueci o nome, mas é tipicamente neozelandês, com ovos (aí você escolhe se quer frito, cozido, mexido ou cozido aberto - esqueci o nome do dito!), torradas, feijão com molho de tomate (parece mais um catchup) e bacon e um outro que, como não escolhemos, não sei o que tinha… ;) O Jorge quis esse aí, com feijão, e eu e as crianças fomos de cereais.

Bye, bye Rotorua!

Bye, bye, Rotorua e vida de grã-finos!
Deixamos o hotel chique, mas repleto de crianças, em direção a Waitomo Caves. Novamente eu e o Jorge nos divertimos com os nomes em maori das cidadezinhas pelas quais passávamos e chegamos à conclusão de que não conseguiríamos viver numa região rural. Somos cosmopolitas demais… As crianças dormiram boa parte do trajeto, o que significou menos tempo de estrada, pois não precisamos parar.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Último dia em Rotorua

Hoje o dia amanheceu chuvoso. :/ Mesmo assim resolvemos sair para conhecer um lago que tem aqui pertinho, até porque essas crianças, no quarto, me deixam doida... Ficam brigando, rabiscando as coisas (a Anna), chorando... Antes que eu e o Jorge fiquemos doido, melhor pôr essa criançada para gastar energia.
Bem pertinho do lago tinha o quê? Um parquinho!!! E daqueles deliciosos. Não há muito o que dizer, só que o dia melhorou, as crianças brincaram, eu me acalmei e nós comemos tranqueira... hahaha See you!

Kiwi, o pássaro sagrado

Ontem nós vimos na previsão que ia fazer o maior frio, máxima de 13º C, mas mesmo assim arriscamos ir num parque chamado Raibow Springs, quando às 10h, estava o maior sol. Fomos ao centro da cidade tomar café no Starbucks, pois os meninos estavam há dias pedindo (eles se amarraram nesse café por causa do filme do "Alvin e os esquilos". Ai, a mídia manipuladora...).
Anna pondo moedinhas no parquímetro. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O inferno, o parque, os maoris e a Anna

Rotorua é uma cidade de águas termais, por isso aquele cheirinho sinixtro (como dizem os cariocas) de ovo. Para aproveitar a bênção da natureza, há vários SPAs e hotéis com águas termais. No hotel que estamos tem uma piscinona com águas termais e é mor bom...

Eu e as crianças curtindo uma água quentinha...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tchau, Auckland! Olá, Rotorua!

Então dissemos adeus à nossa pousadinha em Takapuna...
E tomamos a estrada. De Takapuna, em Auckland, a Rotorua o GPS calculou 3 horas e meia. Mas como era o primeiro dia do Jorge na mão inglesa, toda precaução era pouca. E a tensão, muita!



Coisas diferentes/interessantes

Eu sabia que ia encontrar aqui na Nova Zelândia alguns costumes diferentes, mesmo sendo uma nação ocidental, como o Brasil. Só que a gente espera o diferente meio sem esperar... Para as crianças tenho certeza de que está sendo ótimo perceber essas diferencinhas. Para mim e o Jorge também, claro! Vamos lá!
Em muitos restaurantes (uns 90%) os garçons e garçonetes (our wait, limos uma vez...) trazem água antes de trazerem os pedidos. E eles falam "uatâh". Nós tentamos imitar, mas eles sempre nos corrigem... ô dificuldade!

sábado, 5 de outubro de 2013

Snowboarding e os astronautas

Ontem fomos "esquiar" no Snow Planet, um galpão gigante que simula uma montanha com neve.
Partes legais
- É muito interessante saber a consistência da neve e a maneira de caminhar sobre ela, mesmo que seja feita artificialmente.
- O Jorge experimentou um prato mor estranho no restaurante do lugar. Parecia um suflê de espinafre, mas com farinha por cima... rs... Ele está mais aberto que eu para experimentar as novidades gastronômicas. :) Quem diria!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O trem de Auckland

Ontem pegamos o trem para visitar os queridos budibudis (os nossos mais novos amigos!) e aproveitar para conhecer a estrutura de transportes aqui de Auckland.
O ônibus nós já havíamos experimentado. Descobrimos, por exemplo, que a tarifa infantil é menor que a de adulto. Mas ambas são caras. Também descobrimos que você paga pelo tanto que anda, pois temos de entrar no ônibus e avisar assim ao motorista: "Duas passagens para adulto e uma para criança até Takapuna". Ontem fizemos a bobagem de comprar um ticket familiar. Ele custa NZ$ 26 e você pode usar à vontade por um dia, para toda a família. Entretanto, usamos o ônibus só uma vez, ou seja, gastamos NZ$ 18 a mais, por puro desconhecimento...
Eu e os meninos acionando o dispositivo para cegos. O "moço" fica falando as linhas,  e em quanto tempo o ônibus vai chegar.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Diário do Igor

O Igor está fazendo um diário de viagem lindinho! E, certa vez, um amigo do trabalho comentou que queria era mesmo saber como as crianças estão lidando com todas as mudanças. Então achei bacana repassar para cá os textos escritos pelo Igor, para vocês terem uma outra opinião dos "de cá" dessa empreitada. Antes eu só queria dizer que por ora está tudo muito lindo e florido, pois estamos de férias, né?
Tem como não achar tudo isso uma delícia?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Motat em Auckland

Nosso outro passeio (o de ontem), foi a um museu de transporte e tecnologia (Motat). As crianças gostaram muito, mais ainda porque conhecemos uma família de brasileiros maravilhosa!!! :)
Não vou ficar escrevendo todos os detalhes, porque as crianças já estão ansiosas para sair do quarto (a Anna, principalmente...). As fotos dirão mais que minhas palavras...
Eu e a pecorrucha em frente a um antigo carro de bombeiros.

Auckland em 360º

Nosso primeiro passeio foi por Takapuna (onde estamos hospedados). O lado bom é que agora eu tenho máquina de lavar roupa!!! rs...

A Anna pondo as moedinhas na máquina (por NZ$ 3, é possível ou lavar ou secar toda a roupa)
O lado ruim é que aqui é frio e no primeiro dia fomos surpreendidos por uma chuvinha chata, com muito vento...

As primeiras impressões

Minhas primeiras impressões foram:
Auckland parece uma cidade bastante organizada;
Achei o volume de carros grande e o Jorge insistiu em justificar que estamos numa saída para rodovia;
Vou ter muita dificuldade com a língua, pois nem sequer entendi quando a moça me ofereceu água no restaurante;

Chegamos!

1.ª parte: Os preparativos
Acordamos cedo na casa da minha mãe para terminar de arrumar as malas. Ao meio-dia, horário marcado para sairmos de lá, estava tudo pronto! Isso é um marco para essa família com três crianças...
Meu irmão e minha mãe nos levaram ao aeroporto. Uma demora no check-in para confirmar a passagem da Anna foi o único empecilho.
2.ª parte: Os voos

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Agora é certo: vamos voar...!

E está chegando a hora da viagem tão esperada e planejada. Vamos conhecer outro país, outra visão de mundo (é possível quando se tem a própria?), outro mar, outra terra, outra gente...
Para isso, fizemos economias e agora é hora de ver o que temos para levar:
O porquinho representa muito do que esperamos dessa viagem: nossas apostas, nossos desejos, nossos sonhos... ali colocados um a um, dia após dia. :) E agora ele se parte em pedacinhos para usufruirmos de tudo isso.
A partir de agora, tudo é novo: estamos no mundo, minha gente! E 'bora pôr o pé pra fora!

sábado, 21 de setembro de 2013

Poucas coisas, máquina de lavar e socialização

A máquina de lavar da casa do meu pai está quebrada. Conclusão: estou lavando as roupas à mão.
O tempo está chuvoso desde que voltamos de São Paulo, onde fomos fazer visitas e resolver algumas pendências burocráticas para a viagem para Nova Zelândia. Conclusão: as roupas não secam.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

As coisas

Estamos sem casa. Reduzir nossa casa a algumas poucas caixas e malas não foi fácil. E foi muito interessante perceber como temos (tínhamos) coisas! Nossinhora! Comentei com o Jorge que temos de aprender a ter menos coisas ainda. Cheguei a um número de dois itens de enxoval (enquanto um é lavado, o outro é usado), cinco camisetas, duas calças, três bermudas e cinco roupas íntimas. Ficou velhinho, troca o item e assim continua. Imagina? Seria possível pôr toda a roupa da família em duas gavetas! rs

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

E quando o bullying acontece em casa?

Eu e o Jorge tivemos várias atitudes com o Igor que já abandonamos com os pequenos por discordarmos totalmente delas. Algumas ainda persistem, mas já as identificamos e estamos nos organizando para abandoná-las também. E assim será o processo ad infinitum, afinal, somos humanos (espero!).
O caso é que o Igor acabou fazendo o que fazíamos, sendo rigoroso, inflexível, impaciente. Claro que ele tem um monte de características que eu considero positivas, mas vou me ater a essas que não considero tão positivas assim.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reencontros

Fiz a limpa nos papeis guardados. Guardados há muuuuitos anos. Coisas que nem me lembrava. Cartas de pessoas que foram amigas. Cartas de parentes. Cartões de Natal, aniversário, bota-fora. E também estes poemas:

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Encaixotando...

Ufa! Tudo o que importa já está encaixotado!

E sobre o que importa, vale uma olhadinha nessa tirinha do Bill Waterson.

O que anda acontecendo

Estou sem escrever não porque não tenha nada para contar, mas porque ando com muita coisa para fazer... Muita coisa trabalhosa, mas libertadora. Estou transformando a minha casa numa mala! :) E como é interessante perceber como as coisas guardadas mostram quem somos.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Postura feminina diante do mundo

Tenho acompanhado um blog muito interessante e, numa das publicações, deparei-me com este trecho:

Era a superação de uma lógica masculina, de dominação, conquista, força e controle, para uma lógica feminina, de diálogo, diversidade, aceitação, fluxo, interação, cooperação. Essa não era uma simples escolha individual; era uma ação política.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sociologia ou como ser cidadão

Outro dia eu, o Igor e o Caio assistimos a um filme muito bem feitinho, sobre a mobilização de uns alunos contra uma determinação do Congresso Nacional de acabar com o recreio. Vale a pena ganhar esses 17 minutinhos vendo o filme...
E, no fim, o Igor e o Caio (!) dialogaram sobre a veracidade e a possibilidade daquela demonstração de cidadania. Foi muito interessante ver que a idade do Caio (4 anos) não impediu que ele tivesse um olhar bastante crítico e questionador.
Esses meninos me matam de orgulho! :D (mãe coruja mode on)

sábado, 17 de agosto de 2013

Sobre o não entendimento do que é ser criança

Ontem, num momento de conversa aqui no trabalho, conversávamos sobre por que as crianças precisam de um "empurrãozinho" para brincar. Isso porque eu estava dizendo que precisei ensinar meus filhos a fazer cabaninha no beliche e criei, lá dentro, um super laboratório secreto que, para entrar e provar que era cientista de verdade (isso foi o Igor que adicionou), tinha de ultrapassar a barreira da entrada lateral. Claro que meus três pequenos se mostraram ótimos cientistas e eficientes puladores de janelinha de beliche. :)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Aula de ontem: engenharia elétrica

Ontem o Igor pediu ao Jorge que o ajudasse com algumas experiências elétricas, por conta da matéria que ele sorteou. Eles então tentaram acender uma lâmpada com limões, clipes e moedas, mas não rolou. Então fecharam um circuito com água e sal e fez-se a luz! O Caio é que não gostou muito... Ficou chorando ao fundo...  O Jorge disse que foi porque ele não queria ajudar. Essas crianças complicadinhas... ;)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

As matérias e a autoridade

Eu e o Jorge conversamos sobre a dificuldade de o Igor determinar as próprias atividades e, em seguida, conversamos com ele. Dissemos que ele teria de pensar em algo que gostaria de ver/ouvir/saber com base no sorteio das matérias e que nós estaríamos ali para auxiliá-lo, não para dirigir o encontro dele. E parece que agora está rolando!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Desmotivação

A ideia das "matérias" não está rolando. Explico: ontem o Igor sorteou engenharia eletrônica de novo. E não gostou muito. Eu, para incentivar, sugeri que o Jorge fizesse com ele uma experiência de acender uma lâmpada usando limões, clipes e moedas. Achei a experiência bem interessante! Ele, no entanto, quando precisou agir (pegar os materiais necessários, procurar os limões etc. e tal) desistiu.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

E as leis? - parte 2

Voltando a discussão sobre as leis brasileiras e continuando a leitura da Constituição, reparei que o termo "educação" é usado bastante. Até aí, ok. Afinal, educação não acontece necessariamente e exclusivamente na escola. Então passei a buscar o termo específico "escola".

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Saindo do ambiente padrão

Estávamos na praia este fim de semana. Os meninos, além de brincar pra caramba com a areia e o mar, aprenderam muitas coisas. Viram, por exemplo, como se comporta um mar em ressaca. Descobriram porque no litoral, nessa época do ano, sopra um vento frio do mar em direção à terra à noite (vovô que ensinou). Também conseguiram reconhecer o Cruzeiro do Sul. Não encontramos as Três Marias, do Cinturão de Órion, mas meu pai falou sobre como se faz uma luneta.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Segundo dia "de aula"...

Ontem o Igor sorteou "computação gráfica" e o pai pediu-lhe que, no caminho para a aula de kung-fu, observasse as placas e letreiros e reparasse nos tipos usados. Uau! Adorei essa "aula". :)
Hoje o Igor ainda não sorteou nada e não vou lembrá-lo. Quero que a iniciativa parta dele. Mas hoje ele já observou uma abelhinha morrendo porque estava sem ferrão, perguntou-me se precisaria dar mel para ela e aprendeu que não, pois as abelhas fabricam mel (descobri -- hoje, dia 17/08 -- que elas vomitam o mel... ergh... nunca pensei que fosse gostar tanto de um vômito!).
Está recortando e colando os contatos dos amigos da ex-escola dele na parede, cuidou da irmãzinha para mim e ficou brincando com as bolinhas da barraca de bolinhas.
Hoje à noite vamos para a praia e já combinei de tentarmos ver o céu e reconhecer algumas constelações.
Puxa... Ficar sem escola deixa o dia cheio de aprendizagens!

P.S.: Ele acabou de sortear (rs...). Hoje é o dia da Engenharia Elétrica. Vamos reparar nos fios, tomadas e interruptores.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Leveza da liberdade

Tenho sentido as crianças mais "leves". Talvez seja puro reflexo da minha própria leveza.
O fato de não ter de tirá-los da cama antes que acordem por si próprios, de convencê-los a ir para um lugar que não querem ir (os pequenos, principalmente), de não ter a organização toda que demanda a ida diária à escola, me deixa verdadeiramente leve, sem peso, tranquila.
E tenho percebido que o Caio está mais criativo, mais inventivo. Tem voltado a ser mais quem ele era. O Igor? Sinto-o muito mais tranquilo, sem neuras de "o que eu faço agora".

quarta-feira, 31 de julho de 2013

E as leis? - parte 1

Outra pergunta que me fazem com frequência: "E se o Conselho Tutelar quiser tirar as crianças de vocês?".
Eu acho bem difícil isso acontecer, de verdade, mas vamos conhecer/rever as leis brasileiras.
De acordo com a Constituição Federal, a educação é um direito social, assim como saúde, alimentação, trabalho etc. etc. etc., que compete à União legislar sobre as "diretrizes e bases da educação nacional", que é competência da União, dos estados e municípios "proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência" entre outras características.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Projeto de "matérias"

Eu não acho que o conhecimento humano (em parte, claro, pois seria impossível agrupar todo ele numa vida nossa) tem de ser compartimentado em língua, matemática, ciências etc. etc. etc. Acho que uma coisa leva a outra, que puxa a outra, que põe o pezinho naquela outra e por aí vai. Entretanto, passei 26 anos na escola e não sei fazer de outra forma. Nem meu marido sabe.
Então pedimos para o Igor fazer uma listinha com as "matérias" que ele gostaria de estudar nessa transição da escola para a desescola.
Saiu isso aí em cima.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Estuda, Penelope, e escolhe

Recebi um e-mail do encontro que acontecerá amanhã com alguns vídeos e textos para serem lidos. Já tinha lido um dos textos e um dos vídeos, mas achei que valia a pena rever. O vídeo que revi foi da Ana Thomaz, convidada para falar sobre a desescolarização.
A frase que me pegou hoje, ao ouvi-la novamente, foi "a desescolarização não é uma militância, mas uma escolha de vida". É exatamente assim que me sinto e que acredito. Funciona como o parto: a mulher pode escolher parir no hospital, em casa, na rua, na casa da mãe ou passar por uma cirurgia.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que você vai ser quando crescer?

Uma pergunta que me fizeram algumas vezes é: "E se o Igor quiser fazer faculdade?".
Eu não vejo problema algum em o Igor querer fazer faculdade. Na verdade, eu não vejo problema algum em ele querer fazer qualquer coisa. Se estiver bom pra ele, está bom pra mim.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os depósitos de crianças

Esses dias li um texto que leva a uma interessante reflexão. O autor fala sobre as escolhas que os pais da classe média alta fazem com relação às crianças e conclui o texto com algumas perguntas:
[...] quando foi que passamos a odiar nossas crianças? Continuaremos a deixá-las de lado ao invés de integrá-las de fato em nossa sociedade?

terça-feira, 23 de julho de 2013

O poder "educativo" do colo

Hoje li um texto maravilhoso. Tinha já um outro texto escrito para postar, mas faço questão de pôr uns trechinhos (bem grandes) desse texto aqui, pois segue aquela discussão de ontem sobre como as crianças aprendem.
São algumas observações da antropóloga americana Jean Liedloff sobre a tribo venezuelana Yequana.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Como as crianças aprendem?

Eu não sei. Desculpa se você veio até aqui aguardando uma resposta, mas eu não sei. E vários teóricos falam mil coisas... Cada um puxando sardinha para o seu objeto de pesquisa, claro.
Eu não trabalho diretamente com o aprendizado infantil, mas eu sou mãe. Então eu imagino; por observação, textos lidos, conversas... Acho que quando a criança é pequenina como a Anna, pouco mais de um ano, aprende por imitação. Digamos assim uns 100%.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Reflexões, encontros e agradecimentos

Eu já falei que minha parteira e minha terapeuta, durante a gravidez da minha caçula, me ajudaram muito em todo esse processo de olhar um pouquinho ali adiante. Outras pessoas também tiveram papel importantíssimo. A Mara é uma delas. Os textos escritos, os textos desenhados me levam a inúmeras reflexões e sentimentos; dar atenção a eles é uma arte que tenho aprendido.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A insegurança e o "vazio"

Lembra do primeiro capítulo, em que as pessoas me perguntavam e falavam várias coisas? Elas continuam:
-- Mas como "sem escola"? Você vai ensiná-los em casa?
-- Vai ter um(a) professor(a), né?
-- Ai, eu sempre quis fazer isso, mas ninguém deixou.
-- Nossa, que coragem.
-- Entendo seu ponto de vista, mas isso não é pra mim.
-- E o que vocês vão fazer agora?

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Conhecimento x sabedoria x conteúdo

Eu fico pensando muito sobre se seria possível viver sem as instituições. Acho que sim, pois há gente que faz isso, e muito bem! Mas me questiono se é para mim. Se é para a minha família.
Ainda não sei dizer, mas prefiro dar um passinho por vez. Por ora a decisão é retirar apenas a escola.
Num encontro com uma tia, daquelas concursadas que aposentou trabalhando 25 anos no mesmo lugar, recusando até mesmo as promoções, fiquei refletindo sobre a diferença entre conteúdo e conhecimento. Porque ela me fez a seguinte pergunta: "Sem a escola, como eles vão aprender toda a sabedoria humana".

terça-feira, 16 de julho de 2013

Capítulo 8 - A gota d'água

Foi assim: o Jorge saiu para deixar o Caio e a Anna na escola. Era uma segunda-feira, eu estava atrasada e, quando ele voltou, eu ainda estava em casa.
Ele me olhou sério, os olhos molhados e disse: "Não dá mais. Se você disser que sim, peço as contas agora e fico com as crianças".
Fiquei confusa, perguntei o que havia acontecido.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Capítulo 7 - A materialização da mudança

A fala da Anna Thomaz naquele vídeo abriu um leque na minha cabeça. Foi a mesma sensação que tive quando descobri (aqui! Obrigada, Carô!) que "podia" parir meus filhos em casa.
Então eu podia escolher diferente do que tinha ouvido toda a minha vida... E poderia respeitar meus filhos (principalmente o Caio) em suas vontades mais primordiais, como dormir até mais tarde, por exemplo. Porque, indo para a escola, temos de respeitar os horários-padrão, e por que achamos que a criança tem um horário-padrão? Nem como adultos temos. E olha que nos escolarizamos por muito tempo!!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capítulo 6 - Decisões frustradas

Depois do nascimento da Anna entrei numa crise terrível sobre voltar ou não voltar ao trabalho após a licença-maternidade. Tinha dias de eu acordar totalmente decidida a ir embora de casa com as crianças já que o Jorge não queria que mudássemos de vida. Tinha outros dias de eu acordar procurando um bom berçário para deixá-la.
Continuei com a terapia e comecei a insistir mais com o Jorge para revermos nossos "sonhos".

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Capítulo 5 - A terceira gravidez

Como disse, a gravidez da Anna foi bem turbulenta. Foi uma gravidez não planejada (mas desejada, porque eu tinha intenção de ter um terceiro filho) que me deixou envergonhada (!) no trabalho, pois descobri a gravidez um mês e meio depois de entrar na nova empresa.
Agora até fico refletindo sobre isso: que sistema mais maluco é esse que me faz sentir envergonhada/culpada de ter engravidado, de estar com gripe ou dor de garganta? Maluco...
Por causa desses sentimentos, escolhi começar meu pré-natal rapidamente com a minha parteira (a mesma que havia atendido ao parto do Caio, em casa) e com uma terapeuta. Elas foram essenciais em muitos momentos.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Capítulo 4 - As escolas

Comecei a trabalhar pertinho de casa. Ia almoçar com o mais velho em casa, mas precisava, ainda, deixar o Caio na escola em período integral.
Matriculamos o pequeno numa escola montessoriana. Contratamos uma perua escolar para trazê-lo. Entretanto, mesmo sendo há poucos quilômetros de casa, de sexta-feira ele chegava a ficar 1 hora no trânsito. Chegava cansadinho, mal-humorado. Ou, então, elétrico do pirulito que ganhava...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Capítulo 3 - A distância aumenta, a distância diminui

Continuando a história do apartamento, estávamos bem e felizes e muito endividados. Porque, além do financiamento, devíamos toda a minha família: tio, tia, avó, mãe, irmão... Todos que puderam ajudar o fizeram e eu sentia-me com uma dívida de sangue. Fora isso tinha o financiamento, as prestações feitas com piso, armários da cozinha, aquecedor a gás, duchas e lâmpadas (o mínimo que achávamos necessário na época para poder mudar).

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Capítulo 2 - Parto em casa

O parto do Caio foi rápido. Ao todo, entre o início do trabalho de parto e estarmos vestidos e "apresentáveis" (hehehe) não passou mais que 3 horas. Entretanto, naquela simplicidade de receber um filho em minha cama, algo maior nascia dentro de mim. Eu podia questionar! Eu podia fazer diferente! E, o melhor: era bom pra mim.
Eu e meu marido ficamos encantados com a beleza e sincronia da natureza. Percebemos que quanto menos o ser humano interfere, mais bonito é o evento fisiológico. Mais amor tem no ar. Mais respeito e dedicação.
Naquele momento não nascia apenas um bebê (lindo, diga-se de passagem...), mas uma nova família.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Capítulo 1 - O blog

"Pé pra fora" (ou Pê pra fora...) é o nome do blog. É assim que eu e meu marido nos sentimos. Nem é uma coisa muito complicada afinal, mas vamos partir do começo...
No começo eu me questionei sobre a qualidade e a quantidade do tempo que ficava com meu filho mais velho. Na época, com cerca de 4 anos.
Eu trabalhava o dia todo do outro lado da cidade, levava-o comigo, pois a escola em que ficava em período integral era do lado do trabalho, chegávamos em casa muito tarde, tomávamos banho e dormíamos. Convivíamos no ir e vir e aos finais de semana.
Até aí, normal, quem não faz isso?